domingo, 31 de agosto de 2008

PÓS-IMPRESSIONISMO

Paul Cèzanne (1839-1906) - no princípio de sua carreira era IMPRESSIONISTA, mas rompeu com o esse movimento e iniciou sua busca em converter os objetos, elementos da natureza e seres humanos em suas formas geométricas mais simples - cilindros, cones e esferas – o que com o tempo, acentua-se cada vez mais, de tal forma que se torna impossível para ele recriar a realidade segundo “impressões” captadas pelos sentidos, essa sua pesquisa vai colaborar com o surgimento do CUBISMO. É considerado o “pai da arte moderna”. Obras mais importantes: Castelo de Médan e Madame Cézanne.

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Paul Gauguin (1848-1903) - Depois de passar a infância no Peru, Gauguin voltou com os pais para a França, mais precisamente para Orléans. Em 1887 entrou para a marinha (nessa época, esteve no Ria de Janeiro por duas vezes) e mais tarde trabalhou na bolsa de valores. Aos 35 anos tomou a decisão de dedicar-se totalmente à pintura. Começou assim uma vida de viagens, boemia e miséria, que resultou numa produção artística singular e determinante das vanguardas do século XX. Sua obra, longe de poder ser enquadrada em algum movimento, foi tão singular como a de seus amigos Van Gogh ou Cézanne. Apesar disso, é verdade que teve seguidores e que pode ser considerado o fundador do grupo Navis e precursor do FOVISMO, que, mais do que um conceitos artísticos, representava uma forma de pensar pintura como filosofia de vida. Suas primeiras obras tentavam representar a simplicidade da vida no campo, o que consegue com o uso arbitrário da core, em oposição a qualquer naturalismo, como demonstra o seu famoso “Cristo Amarelo”. As cores se estendem planas e puras sobre a superfície, quase decorativamente. Em 1891, parte para o Taiti, em busca de novos temas e para se libertar dos “condicionamentos” da Europa. Suas telas desse período estão carregadas da iconografia exótica do lugar, e cenas em que se percebe um erotismo natural, fruto, de sua paixão pelas nativas. A cor adquire mais preponderância representada pelos vermelhos intensos, amarelos, verdes e violetas. Quando voltou a Paris, realizou uma exposição individual na galeria de Durand-Ruel com alguma repercussão entre o meio artístico mas um fracasso total de crítica e de vendas, voltou ao Taiti definitivamente e lá viveu até 1903, ano de sua morte. Obras mais importantes: Jovens Taitianas com Flores de Manga.

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Vincent Van Gogh (1853-1890) - se empenhou profundamente em recriar a beleza dos seres humanos e da natureza através da cor, elemento fundamental da sua pintura. Pessoa solitária, interessou-se pelo Impressionismo e pelo trabalho de Gauguim, de quem foi amigo pessoal, principalmente pela sua decisão de simplificar as formas, reduzir os efeitos de luz e usar zonas de cor bem definidas. Em 1888, deixou Paris e foi para Arles, cidade do sul da França, onde passou a pintar ao ar livre. O sol intenso da região mediterrânea interferiu em sua pintura, e ele libertou-se completamente de qualquer naturalismo no emprego das cores, declarando-se um colorista arbitrário. Apaixonou-se então pelas cores intensas e puras, sem nenhuma matização, principalmente o amarelo, pois elas tinham para ele a função de expressar emoções, sendo por isso, junto com Edvard Munch precursor do movimento EXPRESSIONISTA. Passou por várias crises nervosas e, depois de internações e tratamentos médicos, dirigiu-se, em maio de 1890, para Anvers, uma cidade tranqüila ao norte da França. Nessa época, em apenas três meses, pintou mais de oitenta telas. Em julho do mesmo ano suicidou-se, deixando uma obra plástica composta por 879 pinturas, 1756 desenhos e dez gravuras e inúmeras cartas ao seu irmão e protetor Theo Van Gogh, onde explica toda sua busca pela expressão através da cor e que foi motivo de inspiração, 15 anos depois de sua morte, para seus seguidores. Enquanto viveu não foi reconhecido pelo público nem pelo críticos, que não souberam ver em sua obra os primeiros passos em direção à arte moderna, nem compreender o esforço para libertar a expressão das emoções pessoais por meio das cores. Obras mais importantes: “Trigal com Corvos” e “Café à Noite”.
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